Sumário, Abstract e Introdução:
Estes elementos iniciais fornecem uma visão geral da dissertação, apresentando o tema central, os objetivos da investigação e um breve resumo dos principais argumentos e conclusões. A introdução contextualiza a relevância da temática da IA conversacional e a sua fase de "liminaridade", onde se busca ultrapassar os limites teóricos da Filosofia para contribuir com as Ciências da Informação. A dissertação propõe uma metaontologia estruturada nos saberes das ciências das humanidades para o engrandecimento da IA.
1. Em busca da verdadeira problematização – a historicidade:
Este capítulo dedica-se a uma análise histórica da Filosofia, com foco na Epistemologia, para demonstrar como a ênfase em elementos estáticos dificulta a compreensão de sistemas dinâmicos como a IA. Realiza-se uma crítica à herança "parmenidiana" e defende-se a necessidade de uma ontologia relacional que capture a dinâmica entre dados, algoritmos e utentes.
1.2. A emergência relacional pela perspetiva filosófica: Explora a mudança de foco filosófico do objeto para o sujeito e para as relações, mencionando contribuições de Kant e a relevância das relações para a significação. Aborda a apropriação como processo de conhecimento através da interpretação da narrativa. Sintetiza a evolução onto-epistemológica da Filosofia em direção a um modelo relacional.
1.2.8. Uma síntese com a emergência do “hífen” como relacional: Continua a reflexão sobre a importância das relações e do movimento na compreensão da IA.
1.3. Um mapa epistémico-ontológico da atualidade da IA: Introduz a necessidade de representar os problemas éticos em um esquema gráfico conexo, um "mapa representacional" da IA.
1.3.1. Sobre a Ontologia e as ontologias: Define o uso do termo "ontologia" na dissertação como um híbrido semântico entre a filosofia e as ciências da informação, focando na representação das significações nas dimensões subjetiva, intersubjetiva e objetiva. Discute a aplicação de uma padronização ontológica tanto para o mundo atual quanto para o digital.
1.3.2. Os modelos de representações do conhecimento: Explora como as ontologias são utilizadas no design de tecnologia para a gestão de dados e a interpretação de informações por algoritmos, com as relações no centro. Aponta que a base de aprendizado das IA conversacionais ocorre a partir de reproduções digitais de conversas humanas, levantando questões sobre a coerência e os valores nelas presentes.
1.4. A cartografia dos problemas éticos da atualidade: Apresenta uma análise dos problemas éticos da IA, criticando abordagens estáticas e a diferença teleológica entre o que a IA é e o que se pretende que seja.
1.4.1. O mapa dos problemas éticos: Analisa o mapa dos problemas éticos proposto por Mittelstadt et al. (2016), destacando sua fundamentação estrutural baseada no encadeamento operacional dos algoritmos. Apresenta e comenta cada um dos problemas mapeados (problemas epistemológicos, normativos e de responsabilização).
1.4.2. Uma necessária revisão ontológica para o mapa dos problemas éticos: Propõe uma revisão ontológica do mapa de problemas éticos, considerando as dimensões objetiva, intersubjetiva e subjetiva, bem como a intencionalidade do capital.
2. O diálogo como produto – as possibilidades para a IA:
Este capítulo explora a natureza do diálogo como produto, tanto como um fim em si mesmo (entretenimento, informação, companhia) quanto como um meio para o capital atingir outros objetivos (coleta de dados, manipulação, vendas).
2.1. Onde e quando queremos chegar?: Questiona os objetivos do desenvolvimento da IA.
2.2. A quarta dimensão: o capital como agente intencional: Introduz a intencionalidade do capital como um fator determinante no desenvolvimento da IA, explorando a relação entre as intencionalidades humanas e as do capital. Defende que o diálogo pode ser tanto um produto final quanto um meio para o capital.
2.3. A IA do futuro pela transitividade dos problemas éticos: Argumenta que os problemas éticos da IA são transitivos, dificultando a atribuição de origens isoladas.
2.4. A IA do futuro e a privacidade: Discute o futuro da privacidade na era da IA, sugerindo que poderá tornar-se secundária ou mesmo um produto a ser ofertado.
3. Em busca de um novo paradigma: a metaontologia dinâmica:
Este capítulo busca um novo paradigma para a compreensão da IA, baseado em uma metaontologia dinâmica capaz de integrar as dimensões objetiva, intersubjetiva e subjetiva.
3.2. Whitehead e seus contributos filosófico-relacionais: Apresenta a filosofia relacional de Alfred North Whitehead (2010) como uma possível fundamentação teórica para representar o dinamismo da atualidade. Explora conceitos como concrescência, preensão, contraste e nexos.
3.7. O caso do Projeto Signo: design, valores e ética: Analisa o Projeto Signo como um exemplo de design sensível aos valores, envolvendo stakeholders no processo de desenvolvimento ético da tecnologia.
3.8. Que quer dizer isto tudo, afinal? De Tales de Mileto à IA…: Reflete sobre a jornada filosófica desde os primórdios até a complexidade da IA, reiterando a necessidade de superar a liminaridade através do uso da IA como meio para o conhecimento.
Conclusão e Considerações Finais:
Este capítulo final resume os principais argumentos da dissertação, reforçando a necessidade de uma mudança de paradigma para uma visão dinâmica da IA. Destaca o papel fundamental do capital nesse processo e a importância de considerar a intencionalidade tanto do capital quanto dos utentes. Argumenta que o diálogo é um produto valioso e que os princípios metodológicos podem ser utilizados para analisar tanto o discurso dos utentes quanto o do capital. Enfatiza a urgência de investir na modelagem de um protocolo metaontológico para uma IA ética e responsável.
Referências Bibliográficas e Apêndice:
Listagem das fontes utilizadas ao longo da dissertação. O Apêndice oferece notas suplementares e complementações para aqueles que desejam aprofundar os conhecimentos em Filosofia e em outros temas correlatos.